Bruno "The Coiso" Gonçalves escreve, em exclusivo para o Salas Escuras, sobre "Death Proof". À pala de uma equipa de reportagem a fazer o seu honesto trabalho, o jovem produtor/jornalista do RCP- Porto disponibilizou-se para escrever sobre o mais recente filme de Quentin Tarantino.
«“Ladies… we gonna have some fun”. É uma das frases-chave de Stuntman Mike (Kurt Russel) mas que se encaixa que nem uma luva naquilo que nos espera quando nos preparamos para assistir a Death Proof (Á Prova de Morte) … só têm que tirar o “ladies” (ou não).
O festival internacional de cinema de Vila do Conde teve a felicidade de exibir, em antestreia nacional, um dos filmes mais aguardados do ano. Grindhouse é o nome do projecto que une o talento de Quentin Tarantino e Robert Rodriguez em homenagem ao cinema exploitation (caracterizado pelo cocktail de moçoilas jeitosas a exibir atributos, muito sangue e membros decepados, fracos desempenhos e extremo mau gosto) e que é constituído por duas películas, o já referido Death Proof e Planet Terror.
A organização do festival já esperava casa cheia na estreia do filme, mas a procura foi tal que se viram obrigados a realizar mais uma sessão.
Foi uma segunda sessão a rebentar pelas costuras (também esgotada), que me garantiu um fantástico lugar nas escadas da plateia, no meio de muita gente ansiosa pela experiência que ia ter início.
E que experiência… Tarantino é um mestre digam o que disserem. As suas obras anteriores (como Jackie Brown e Kill Bill Vol. 1 e 2) já assentavam na estética e premissas dos filmes exploitation dos anos 60. E por falar nos outros filmes do realizador americano, temos pormenores deliciosos que rapidamente nos remetem para esses mesmos filmes, principalmente na cena que se desenrola dentro da loja da estação de serviço.
Tarantino volta a fazer uma perninha como actor e a provocar a primeira sessão de gargalhas, aplausos e assobios na sala interpretando o seu papel de proprietário de um bar.
É apenas a primeira das várias manifestações da plateia nas quase duas horas que dura o filme. Existe uma constante interacção entre o que se desenrola na tela e a plateia, o que torna esta sessão diferente de uma sessão normal. Poucos são os filmes em exibição que conseguem estabelecer esta ligação com a plateia que aplaude cenas como se estivesse a ver um espectáculo ao vivo qualquer, e não um filme numa sala de cinema.
A história gira em torno de um duplo de cinema de seu nome Stuntman Mike (um Kurt Russel revitalizado), que conduz um Dodge Charger preparado para ser literalmente “à prova de morte” e que se vai atravessar no caminho de oito beldades. Umas irão dar mais luta do que outras.
A homenagem que Tarantino quis fazer a este tipo de cinema é levada ao extremo. Ao ponto de o filme apresentar falhas no som, saltos na imagem, uma fita riscada tudo para que nos leve a regressar às grindhouses, onde eram exibidas, por vezes ininterruptamente, dia e noite, filmes série B.
Para quem é fã de Tarantino, dificilmente não gostará. Para os restantes espectadores, devem ir de mente aberta para perceberem que vão a muito mais do que uma sessão de cinema…»
O festival internacional de cinema de Vila do Conde teve a felicidade de exibir, em antestreia nacional, um dos filmes mais aguardados do ano. Grindhouse é o nome do projecto que une o talento de Quentin Tarantino e Robert Rodriguez em homenagem ao cinema exploitation (caracterizado pelo cocktail de moçoilas jeitosas a exibir atributos, muito sangue e membros decepados, fracos desempenhos e extremo mau gosto) e que é constituído por duas películas, o já referido Death Proof e Planet Terror.
A organização do festival já esperava casa cheia na estreia do filme, mas a procura foi tal que se viram obrigados a realizar mais uma sessão.
Foi uma segunda sessão a rebentar pelas costuras (também esgotada), que me garantiu um fantástico lugar nas escadas da plateia, no meio de muita gente ansiosa pela experiência que ia ter início.
E que experiência… Tarantino é um mestre digam o que disserem. As suas obras anteriores (como Jackie Brown e Kill Bill Vol. 1 e 2) já assentavam na estética e premissas dos filmes exploitation dos anos 60. E por falar nos outros filmes do realizador americano, temos pormenores deliciosos que rapidamente nos remetem para esses mesmos filmes, principalmente na cena que se desenrola dentro da loja da estação de serviço.
Tarantino volta a fazer uma perninha como actor e a provocar a primeira sessão de gargalhas, aplausos e assobios na sala interpretando o seu papel de proprietário de um bar.
É apenas a primeira das várias manifestações da plateia nas quase duas horas que dura o filme. Existe uma constante interacção entre o que se desenrola na tela e a plateia, o que torna esta sessão diferente de uma sessão normal. Poucos são os filmes em exibição que conseguem estabelecer esta ligação com a plateia que aplaude cenas como se estivesse a ver um espectáculo ao vivo qualquer, e não um filme numa sala de cinema.
A história gira em torno de um duplo de cinema de seu nome Stuntman Mike (um Kurt Russel revitalizado), que conduz um Dodge Charger preparado para ser literalmente “à prova de morte” e que se vai atravessar no caminho de oito beldades. Umas irão dar mais luta do que outras.
A homenagem que Tarantino quis fazer a este tipo de cinema é levada ao extremo. Ao ponto de o filme apresentar falhas no som, saltos na imagem, uma fita riscada tudo para que nos leve a regressar às grindhouses, onde eram exibidas, por vezes ininterruptamente, dia e noite, filmes série B.
Para quem é fã de Tarantino, dificilmente não gostará. Para os restantes espectadores, devem ir de mente aberta para perceberem que vão a muito mais do que uma sessão de cinema…»
Assim que o filme estrear no resto do país, Coimbra mais propriamente, escreverei aqui o meu comentário. Para já, o meu obrigado e, Bruno, O cheque já está no correio.
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