WHAT'S NEW, PUSSYCAT?
EUA, França – 1965; Cor
Real: Clive Donner
Com: Peter O'Toole, Peter Sellers, Woody Allen, Romy Schneider
Michael James (O'Toole) é editor numa revista de moda Parisiense. Após vários anos de rambóia está a tentar ser fiel à noiva, mas encontra angústia mental no facto de todas as mulheres que conhece se apaixonarem por ele. Para resolver este problema sem perder a sanidade mental, contrata o Dr. Fassbender (Sellers), um psicanalista que tenta seduzir uma das suas pacientes, apesar de ela não querer. A destacar aqui a estreia em cinema a sério de Woody Allen como actor, no papel do nervoso mas confiante Viktor Skakapopulis.
Depois de mais de uma década na televisão norte-americana, Woody Allen começava a trabalhar em cinema. Ainda não como realizador, mas este “What's new, pussycat” era o segundo argumento a cargo do nova-iorquino neurótico, uma comédia sexual (seguindo a moda dos anos '60) mas com diálogos e “one-liners” desarmantes, alternados com alguns momentos de comédia física bem conseguida.
Peter Sellers está ao seu nível normal, dando um toque especial ao deboche do Dr. Fassbender, Allen sente-se perfeitamente à vontade na personagem que viria a interpretar vezes sem conta nas décadas seguintes, mas é Peter O'Toole quem mais surpreende com um timing perfeito, dando luta e muitas vezes ultrapassando as performances dos dois outros actores. Três anos depois da nomeação ao Oscar por “Lawrence da Arábia”, O'Toole mostrava serviço no campo da comédia.
Como já referi há pouco, momentos de diálogo desarmante e “slapstick” são alternados, proporcionando ao espectador uma boa variedade de géneros de comédia, mas o resultado é por vezes pouco satisfatório. O exemplo é o final do final do filme: uma sequência de acontecimentos que, supostamente, seria o climax cómico do filme mas mostra-se como pouco eficaz, pelo menos em comparação com o filme que estava para trás...
Frases a reter:
“Michael James: Did you find a job?
Victor Skakapopulis: Yeah, I got something at the striptease. I help the girls dress and undress.
Michael James: Nice job.
Victor Skakapopulis: Twenty francs a week.
Michael James: Not very much.
Victor Skakapopulis: It's all I can afford.”
"Dr. Fritz Fassbender: You're grotesque!
Anna Fassbender: Lascivious adulterer!
Dr. Fritz Fassbender: Don't you dare call me that again until I have looked it up!”
"Victor Skakapopulis: We played strip chess. She had me down to my shorts and I fainted from tension.”
"Dr. Fritz Fassbender: [leafing through a dictionary] "Lascivious adulterer... a man who is a lascivious adulterer"? What kind of book is this?”
EUA, França – 1965; Cor
Real: Clive Donner
Com: Peter O'Toole, Peter Sellers, Woody Allen, Romy Schneider
Michael James (O'Toole) é editor numa revista de moda Parisiense. Após vários anos de rambóia está a tentar ser fiel à noiva, mas encontra angústia mental no facto de todas as mulheres que conhece se apaixonarem por ele. Para resolver este problema sem perder a sanidade mental, contrata o Dr. Fassbender (Sellers), um psicanalista que tenta seduzir uma das suas pacientes, apesar de ela não querer. A destacar aqui a estreia em cinema a sério de Woody Allen como actor, no papel do nervoso mas confiante Viktor Skakapopulis.
Depois de mais de uma década na televisão norte-americana, Woody Allen começava a trabalhar em cinema. Ainda não como realizador, mas este “What's new, pussycat” era o segundo argumento a cargo do nova-iorquino neurótico, uma comédia sexual (seguindo a moda dos anos '60) mas com diálogos e “one-liners” desarmantes, alternados com alguns momentos de comédia física bem conseguida.
Peter Sellers está ao seu nível normal, dando um toque especial ao deboche do Dr. Fassbender, Allen sente-se perfeitamente à vontade na personagem que viria a interpretar vezes sem conta nas décadas seguintes, mas é Peter O'Toole quem mais surpreende com um timing perfeito, dando luta e muitas vezes ultrapassando as performances dos dois outros actores. Três anos depois da nomeação ao Oscar por “Lawrence da Arábia”, O'Toole mostrava serviço no campo da comédia.
Como já referi há pouco, momentos de diálogo desarmante e “slapstick” são alternados, proporcionando ao espectador uma boa variedade de géneros de comédia, mas o resultado é por vezes pouco satisfatório. O exemplo é o final do final do filme: uma sequência de acontecimentos que, supostamente, seria o climax cómico do filme mas mostra-se como pouco eficaz, pelo menos em comparação com o filme que estava para trás...
Frases a reter:
“Michael James: Did you find a job?
Victor Skakapopulis: Yeah, I got something at the striptease. I help the girls dress and undress.
Michael James: Nice job.
Victor Skakapopulis: Twenty francs a week.
Michael James: Not very much.
Victor Skakapopulis: It's all I can afford.”
"Dr. Fritz Fassbender: You're grotesque!
Anna Fassbender: Lascivious adulterer!
Dr. Fritz Fassbender: Don't you dare call me that again until I have looked it up!”
"Victor Skakapopulis: We played strip chess. She had me down to my shorts and I fainted from tension.”
"Dr. Fritz Fassbender: [leafing through a dictionary] "Lascivious adulterer... a man who is a lascivious adulterer"? What kind of book is this?”
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